Ice Elves lore #4: O Nascer de Ice Flow

Quando percebeu que tinha perdido o controle sobre os kmah, Sargeras logo começou a planejar um novo meio de tomar o poder de Azeroth. Foi quando ele percebeu uma nova energia crescendo fortemente no centro do planeta, era a grandiosa e poderosa rainha elfica, Azshara, o titã negro percebeu o potencial da jovem elfa e viu que seu coração buscava mais poder além de qualquer coisa, sargeras decidiu tenta-la com o que ela mais buscava, e ofereceu a Azshara os ensinamentos das artes arcanas, a fonte do mais puro poder, depois de muitos acontecimentos a Burning Legion finalmente havia conseguido invadir Azeroth com toda a sua força, porém os night elves que ficaram contra Azshara derrotaram os demônios destruindo o portal criado pela rainha, o melhor foi que o portal explodiu bem na hora em que Sargeras estava passando por ele, e isso acabou por “matar” o Titã Negro, a explosão foi tão forte que dividiu Azeroth que era uma única gigantesca continuidade de terra, em três grandes continentes, Os Reinos do Leste, Kalimdor, e Northrend.
Após todos os acontecimentos da Guerra dos Anciões, a divisão de Azeroth em três continentes, o nascimento da World Tree, o exílio dos high elvens, o banimento da magia arcana por Cenarius, Furion e Tyrande, entre outras coisas que se desencadearam após a guerra, um homem, ou melhor, um elfo, ainda ousava praticar as artes proibidas, seu nome, Saphirot Shadowsoul, porém o velho bruxo não ficou por muito tempo sem ser descoberto, Cenarius e Furion não demoraram a encontrá-lo e puni-lo. Saphirot foi banido para os confins de Azeroth, o recém formado e gelado continente de Northrend. Os guerreiros night elvens o puseram num navio e o levaram até o continente gelado, lá eles passaram por uma gigantesca caverna e do outro lado, nas intermináveis planícies da península oeste eles o deixaram para morrer, os guerreiros elfos desmoronaram a única entrada pra a caverna de onde vieram e Saphirot ficou sem outra escolha além de vagar pelo gelo em busca de abrigo.
O velho bruxo caminhou até não poder mais, até que no meio de uma terrível nevasca ele caiu e lá ficou, por sorte ele foi encontrado por um grupo de kmahs que rondavam a área em busca de cassa, Saphirot foi levado até os pés das montanhas onde os leais a Azdron, o rei kmah, viviam. No dia seguinte o exilado bruxo despertou e se viu rodeado por criaturas jamais vistas por ele antes, ele tentou perguntar para as criaturas onde ele estava e o que havia acontecido, e de uma estranha e inesperada forma os kmah entenderam as palavras de Saphirot, era como se algo tivesse posto o conhecimento da língua elfica neles, como se o destino o tivesse feito, foi impossível de explicar o ocorrido, então Azdron contou tudo a Saphirot, e da mesma forma estranha o velho entendeu o que o rei kmah dizia. O dia foi de esperança no coração dos dois lados, em Saphirot por ter escapado da morte na nevasca e em Azdron por sentir o imenso poder que vinha do bruxo, imaginando que ele poderia ser a salvação daqueles que foram corrompidos por Isciphen, talvez tenha sido o destino mesmo que colocou o exilado ao alcance dos kmah, mas semanas se passaram e Azdron não mencionava sobre os outros kmah no topo da montanha, talvez ele estivesse tentando ganhar a confiança de Saphirot, ou até a amizade dele.
Depois de um mês de convivência Azdron chamou Saphirot para conversar em sua cabana, lá o rei contou toda a historia dos kmah, desde quando eles chegaram ao planeta até o momento em que ele e seus seguidores foram expulsos pelos shamans corrompidos, o velho bruxo não pensou duas vezes e antes que Azdron o pedisse ele se ofereceu a tentar libertar os corrompidos da influencia do cristal. Saphirot viu ai uma chance de se vingar dos night elfs, ele pensou em libertar os outros kmah e em troca se tornar o líder deles para levá-los à guerra contra aquele que o exilaram. No mesmo dia o bruxo começou a subir a montanha, depois de três longos e cansativos dias de escalada ele finalmente alcançou a gigantesca cidade kmah no topo das montanhas, ele se deparou com criaturas totalmente diferentes das que ele conheceu nos pés das montanhas, esses tinham uma aparência obscura, eram maiores, com os pelos negros, olhos vermelhos como o sangue, presas enormes que poderiam atravessar um corpo sem dificuldades, mas o pior era a energia demoníaca que emanava de suas almas, apesar de tudo Saphirot foi “bem” recebido pelos corrompidos, e foi levado até o palácio do conselho, onde os shamans se reuniam, lá os demoníacos e assustadores shamans interrogaram Saphirot por horas, sobre suas intenções na cidade deles, o velho bruxo sempre achava um meio de omitir sua verdadeira missão lá. Usando seus poderes ele entrou na mente poderosa porem frágil dos shamans e convenceu que o deixassem ver o cristal conhecido por Isciphen, hipnotizados pelos poderes de Saphirot, os shamans o levaram até a câmara do cristal e o deixaram a sois com Isciphen. Saphirot pegou o cristal e foi para a sala do conselho onde os shamans o esperavam, quando chegou lá ele tomou Isciphen em suas mão e iniciou um encantamento de purificação tão poderoso que quase o matou, o bruxo retirou toda e qualquer influencia que o cristal tinha sobre os kmah e que os demônios tinham sobre o cristal, Isciphen se tornara o objeto de mais puro e grande poder em Azeroth. Então o silencio tomou aquelas montanhas, por um longo momento os kmah pararam, literalmente, pararam de se mover, pararam de falar, pararam de pensar e até de respirar, eram os fragmentos do poder demoníaco em suas almas que estava saindo de seus corpos e indo tudo para a alma de Saphirot. Os kmah foram purificados, junto com o cristal, não existia mais nada demoníaco neles, mas não se pode dizer o mesmo de Saphirot, ele absorveu todo o poder que corrompia kmah e o cristal para ele, o velho se tornou o mago mais poderoso que já havia existido em Azeroth, mas estranhamente ele não sofria nenhuma influencia de Sargeras.
Os kmah agradeceram Saphirot e pediram que ele chamasse Azdron e os outros de volta para a cidade, e assim foi feito, os kmah se tornaram novamente uma só nação, e como havia planejado, Saphirot foi coroado o líder supremo.
Os anos se passaram e o novo líder dos kmah ordenava cada vez mais expedições por Northrend, ele levou os kmah até o centro das planícies e lá com apenas cinco ou sete palavras, numa demonstração fenomenal de seu poder, saphirot ergueu uma cidade inteira, que foi batizada de Ice Flow, o Fluxo de Gelo, os kmah saíram das montanhas e se mudaram para Ice Flow, os Gigantes que antes eram escravos, ficaram encarregados de cuidar da antiga cidade kmah e das montanhas.
Os kmah começaram a se perguntar, “Por qual motivo Saphirot nos tiraria da nossa antiga cidade e nos traria para cá?” As verdadeiras intenções do bruxo somente ele mesmo sabia, a partir das estórias contadas por Azdron anos atas, ele agora procurava a segunda grande civilização que habitava o norte gelado nas eras antigas, os Spirons. Cada vez mais Ice Flow se expandia em direção à antiga Montanha Branca, e Saphirot ficava cada vez mais perto de completar seus planos.
Aproximadamente sete anos se passaram, foi quando Saphirot ordenou mais uma expedição, mas agora em direção a um lugar em que kmah jamais ousariam entrar, a Montanha Branca, o poderoso bruxo, usando quase todo o seu poder, destruiu a barreira mágica que os spirons criaram na entrada da montanha, então ele pessoalmente, acompanhado de Azdron e alguns dos mais sábios shamans kmah, entraram na montanha, a escuridão das cavernas os abraçou, enquanto eles iam cada vez mais em direção à uma poderosa fonte de energia que os shamans sentiam, até que eles se viram cercados por assombrosas criaturas que flutuavam ao seu redor, eram eles, os Spirons, o líder deles apareceu para punir aqueles que ousaram entrar nas cavernas proibidas da Montanha Branca, mas quando ele se aproximou de Saphirot, sentiu um pouco do poder de Isciphen que vinha de sua alma, e mais, ele viu o próprio cristal nas mãos dele, porém ele via que o velho bruxo que aparentava liderar os kmah, não era corrompido pelo cristal, não tinha nenhuma influencia de Sargeras nele e até o próprio cristal estava livre de tal influencia, imediatamente o líder dos spirons se curvou diante de Saphirot.
Mas nem tudo estava bem, os kmah e os spirons ainda tinham as lembranças da terrível guerra entre eles no passado, e nunca aceitariam se unir, mesmo se fosse sobre a ordem de Saphirot, foi quando o poderoso bruxo, em sua grande sabedoria, pediu que Azdron buscasse seu filho que havia recém nascido, algumas horas depois fora da montanha, Saphirot fez um corte em seu pulso, pegou seu próprio sangue de deu para o líder dos Spirons e para o filho de Azdron beberem, e gritando alto para toda Ice Flow escutar, falou: “Aqui nós nos tornamos uma família, Azdron seu filho agora se chama Sarion, spirons passem a conhecer e chamar seu sábio líder a partir de agora como Scarriot. Eis aqui os meus dois filhos, Sarion e Scarriot, que simbolizam a união dos spirons e dos kmah em uma só nação, que o sangue meu que agora está nos dois povos, quebre o antigo ódio entre vocês, e os façam enxergar que juntos nos seremos um só”.
Ao voltarem para Ice Flow, os spirons começaram a ajudar na expansão da cidade até a Montanha Branca, com o tempo, Ice Flow se tornou a maior e mais bela cidade no mundo, Saphirot estranhamente passou a estudar as artes da necromancia, e espiritualismo, seu povo estava intrigado com isso, mas Saphirot não dizia nada sobre o assunto. Foi quando em um dia normal do eterno inverno de Northrend, que Saphirot se dirigiu a praça central de Ice Flow, chamou Scarriot, o já crescido e forte Sarion, os shamans kmah, os spirons e os gigantes glaciais: “Meus filhos, sábios shamans, poderosos spirons e grandiosos gigantes, eu agora lhes peso um pouco de seu poder e força, pois hoje Ice Flow se completará, hoje nos tornaremos uma nação completa, hoje finalmente nos tornaremos um”, confiando nas palavras do poderoso Saphirot, todos fizeram o que ele pediu, lhe cederam parte de sua força e poder: “Meus últimos estudos sobre as misteriosas artes do necromancismo e dos espíritos me abriram as portas para completar esta cidade. Agora eu chamo os espíritos daqueles que foram leais a mim no passado, venham até mim meus aprendizes, chamo o poder do gelo que vem de dentro de cada habitante desta cidade, chamo o poder da morte, que ela me traga de volta aqueles que me foram leais, a partir da água, que gera vida, e que se tornou gelo, sólido e estável como a carne, eu trago vida para as almas que se perderam na morte, eu trago a peça que faltava para completar Ice Flow, eu crio os Ice Elves!!!”. Uma forte onde de energias cobriu a cidade, as inúmeras estátuas de gelo que enfeitavam as ruas começaram a se transformar em carne e a ganhar vida, até que uma nova raça surgiu em Azeroth, uma raça que possuía a sabedoria dos elfos, o poder dos spirons, a força dos kmah e a nobreza e coragem dos gigantes, nascia os Ice Elves.


(Divisão de Azeroth depois da Guerra dos Anciões)

~xbacurix~