Tudo sobré Heroes of Newerth

DotA, o famoso mapa de Warcraft 3, ganha um irmão independente!
Difícil achar alguém que jogue Warcraft 3 online e nunca tenha ouvido falar de Defense of the Ancients - DotA. O custom map para o game é tão famoso e popular que até mesmo aqueles que nunca o jogaram conhecem de nome. Com inúmeros fãs através do globo, o mapa fez tanto sucesso que rendeu até mesmo competições internacionais profissionais. Agora, alguns desenvolvedores resolveram levar este conceito mais adiante.

# Configurações Mínimas para rodar em seu PC

- Processor: Pentium 4 2.2 Ghz or Athlon XP 2200+
- Memoria Ram: 1 GB
- Placa de Vídeo: GeForce 5 and ATI 9800 w/ 128 MB VRAM or Intel w/ PS 2.0 and 128 MB VRAM.

Cópia? Talvez...

Heroes of Newerth pega todos os elementos de DotA – literalmente, até mesmo preços de itens e heróis – e os insere em um game independente, com história e ambientação próprias. O cenário utilizado é o da franquia Savage, sendo que todos os aspectos do jogo foram adaptados no sentido de se inserirem neste contexto.


A inspiração do mapa desenvolvido por IceFrog é tão óbvia que os jogadores não podem deixar de fazer comparações com ele, especialmente os mais veteranos. No entanto, ao testarmos o título – bastante céticos por sinal, afinal de contas, várias cópias de DotA já surgiram e não vingaram – vimos que se trata de muito mais do que apenas uma tentativa barata de lucrar com a fama deste último.

Os dados básicos são iguais àqueles vistos na versão 6.61 de Defense of the Ancients. Apesar disso, todos os nomes são diferentes. O que achamos difícil é que os jogadores já acostumados com as nomenclaturas originais mudem seus hábitos.

Mas existem muitas coisas que são diferentes – heróis novos, principalmente, e uma apresentação completamente revista, já que não é dependente do motor gráfico já idoso de Warcraft 3. Por consequência, para efeitos deste artigo, iremos focar no que foi aprimorado, melhorado ou modificado em relação à fonte, sem demorar muito na jogabilidade típica de DotA.

Evolução

Já no menu você sente que trabalho considerável foi colocado neste título, pois os menus são muito bonitos e bem acabados. Nada daquela espera pelo rolar das correntes que incomoda tanto os impacientes no Warcraft 3, aqui eles são diretos e claros. Todas as opções de jogo e de sistema são expostas para quem quiser ver – não há mais necessidade de ler changelogs imensos para descobrir apenas quais modos existem.


Isto se reflete também nos gráficos do jogo, que são o ponto alto da diferença entre ele e DotA. Enquanto este último está restrito às possibilidades da engine de Warcraft 3, Heroes of Newerth possui dedicação exclusiva a este modo de jogo, o que permite várias melhorias excelentes.

As animações são fluidas, os cenários detalhados e a coisa toda parece ter evoluído de forma excepcional. Isto significa que, inicialmente, existe uma certa estranheza para com os novos ícones, visuais e sons – mas após algumas partidas já é clara a superioridade da apresentação em relação ao original.

Minhas Opiniões e Criticas

Após ficarmos agradavelmente surpresos com a qualidade dos gráficos em uma partida local onde estávamos sozinhos, partimos para o modo online para ter uma ideia de como é a experiência multiplayer – que é, assim como o mapa de onde a inspiração surgiu, a única forma de se jogar o título; não existe a opção de adicionar bots ao jogo.

Aí veio mais uma inesperada qualidade: o sistema de criação e de busca de partidas. Existem inúmeras opções para os que estão familiarizados com a jogabilidade, mas mesmo assim é possível para um iniciante apenas pegar uma das salas que aparecem e começar a se divertir.

Podendo escolher a quantidade total de jogadores, o modo de escolha de heróis, além de vários outros parâmetros, o sistema é certamente bastante versátil – algo essencial para ter longevidade e apelo em diversos setores de público. Pegamos nosso modo favorito – 5x5 AP – e entramos em uma das salas que apareceram.


Uma tela de carregamento depois, estávamos no lobby onde é possível conversar com todos ou somente com o próprio time, conforme o jogador desejar. Após escolher um dos slots – o host não precisa necessariamente estar no azul, já que não existem comandos com hífen, tudo é escolhido antes de a partida começar – esperamos o jogo começar.

Após o jogador que criou a sala iniciar a fase, abre-se a tela de escolha de heróis, na qual é possível visualizar todos os que estão disponíveis. Escolhemos um que não parecia ter relação com nenhum daqueles do DotA Allstars original – já que vários são cópias diretas – e clicamos em “Ready”, esperando que os outros jogadores terminassem de pegar seus personagens.

Já a esta altura pudemos deduzir uma coisa: existe mais de um mapa de jogo. O mais popular é o tradicional que é quase idêntico ao do mapa de War3 – inclusive os caminhos escondidos pela floresta – mas também existe um em que os caminhos são verticais.

Dentro do game

Após toda essa experiência, nossas expectativas, que começaram baixas, haviam aumentado consideravelmente. Já não esperávamos mais uma cópia barata, mas sim um produto de qualidade inspirado em um modelo gratuito que obviamente deu certo. E as surpresas não pararam por aí.

Mesmo jogando contra jogadores americanos em um servidor que nos pareceu estar hospedado nos EUA, não havia qualquer indício de lag. A resposta do personagem era quase que instantânea e não havia demora alguma na hora de utilizar as magias. Algo surpreendente e bastante agradável – já que os veteranos sabem que é impossível jogar DotA com lag.

Mais uma vez aqui vale destacar as animações extremamente fluidas e cadenciadas. Nada de movimentos bruscos quando do cancelamento de animações no War3, aqui as magias saem rapidamente e de forma coerente, permitindo que o jogador encaixe séries de habilidades de forma ininterrupta e tranquila.